Alunos e professores da Escola Municipal Professor Ascendino de Almeida enterraram uma “cápsula do tempo” com fotografias, cartas, objetos e lembranças para serem resgatadas exatamente daqui há 25 anos. Ou seja, apenas em 2044 é que a cápsula do tempo vai ser desenterrada. A proposta faz parte das atividades pelo Jubileu de Prata – 25 anos de existência – da escola localizada no bairro Pitimbu, Zona Sul de Natal. A ação aconteceu no último sábado (21), dentro de uma série de atividades que reuniu toda comunidade escolar nos festejos pelo aniversário da escola. A unidade de ensino atende 700 crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.

 

 

Todas as cartas, escritas pelos alunos, professores, funcionários e educadores foram armazenadas cuidadosamente na cápsula, e enterrada na entrada da unidade de ensino, onde fica o busto de Ascendino de Almeida, patrono da escola e 1º secretário de Educação de Natal. A cápsula foi construída com material de PVC e isolada termicamente com isopor, para que possa resistir ao tempo, e finalizado o processo numa coluna de alvenaria. Na celebração pelos 50 anos da escola, no ano de 2044 a cápsula do tempo vai ser aberta.  

 

 

Para a diretora pedagógica Mintza Idesis Jácome Bezerra, a ideia surgiu com o objetivo de preservar a história e também representa uma forma de comunicação entre as próximas gerações. “Essa cápsula nos trouxe uma reflexão dos 25 anos que passaram. Será importante para que as próximas gerações da escola saibam como éramos e pensávamos neste tempo atual. Ficamos muito felizes porque todo mundo abraçou a ideia”, comemorou a gestora.

 

 

O prefeito de Natal, Álvaro Dias, acompanhou a festividade e também escreveu sua carta. “Através da educação queremos construir um mundo mais justo, humano, mais fraterno e com menos desigualdade social”. Ressaltou que participou do Jubileu de Prata com muita alegria. “Parabenizo os professores, funcionários e gestores por ter encontrado uma escola tão bem cuidada, e que atende as expectativas dos estudantes e pais”, elogiou Álvaro Dias.

 

 

A titular da Secretaria Municipal de Educação, professora Cristina Diniz também foi convidada para depositar uma carta na cápsula do tempo. “Estou muito feliz por fazer parte desta história. Quero desejar mais 25 anos para esta escola, com um funcionamento efetivo de qualidade. Parabenizo os alunos pelos belíssimos trabalhos apresentados e toda a equipe da Escola Ascendino de Almeida pela dedicação em realizar uma aprendizagem de qualidade”.

 

 

A aluna Rayane Cabral Pereira, de nove anos, do 3º ano “A”, foi escolhida para representar seus colegas e leu sua carta para o público presente. “Em 2044, eu não sei se você é criança ou pré-adolescente, mas se for pré-adolescente estude bastante porque o tempo passa e a escola também, e você não sabe se na faculdade vai ter esses professores maravilhosos e divertidos. Se for criança, divirta-se enquanto pode, eu espero que tenha gostado da minha carta”, escreveu.     

 

 

A estudante Stephany Varela, de 10 anos, conta que escreveu na sua carta uma mensagem desejando que o mundo tenha mais paz e menos casos de feminicídio.  “Quero paz para o futuro e espero que o mundo mude para melhor”.     

 

 

Ainda na programação, uma mostra dos trabalhos produzidos pelos alunos referente ao encerramento do Projeto “Ascendino, 25 anos: você faz parte dessa história”, além de apresentações culturais, coral infantil e adulto, e uma retrospectiva dos 25 anos de história da unidade de ensino. Um jornal impresso foi distribuído entre os presentes com a história da escola. O evento contou ainda com a participação especial do músico Carlinhos Zens.  

 

Quem também prestigiou o evento foram as filhas de Ascendino de Almeida, Maria da Graça Marques de Almeida e Iaponira Marques de Almeida. “É uma emoção muito grande estar aqui, como filha e ver toda essa festa, o Jubileu de Prata, nesta escola que é referência na comunidade e no município. Eu não tenho palavras para descrever o que estou sentindo e só agradeço por ter sido convidada para este evento”, declarou Maria da Graça.

 

 

“A história da Escola Municipal Professor Ascendino de Almeida é escrita por pessoas. Nós somos referência para a Rede Municipal de Ensino e como são tantos anos de escola, não tinha como deixarmos em branco. É uma escola onde o pessoal veste a camisa e dá de si além do que pode”, destacou o gestor administrativo-financeiro Edson Moura Braatz Vieira.

 

 

A ex-gestora Maria Oneide, que permaneceu na gestão por 10 anos, falou sobre o início da instituição. “O nosso trabalho foi firmado nos pilares de planejamento, amor, dedicação e determinação. Queríamos deixar nossa marca na escola e conseguimos. Sou muito feliz em fazer parte desta história”.   

 

 

Simone Felix do Nascimento, mãe de Ketilly Kauanne Félix da Silva, aluna do 4º ano, falou o que a Almeida representa para sua filha um momento de grande satisfação. “Parabenizo a equipe pedagógica da escola, em especial a professora Núbia, que marcou toda nossa vida, pois através dela, minha filha começou a evoluir dia, após dia.