A Escola Municipal Professor Waldson Pinheiro, localizada no bairro Nossa Senhora da Apresentação, recebeu na tarde da última sexta-feira (11/10), as apresentações do projeto MADA Faz Escola.  A edição “Sons (d)escolados” ocorreu no pátio da unidade de ensino com as apresentações do Ouen e Blue&Red,  intercalando bate-papo, seguido de pocket show com uma discotecagem diferente de músicas eletrônicas autorais. O objetivo do tema 2019 - “Produção e consumo musical na era digital” - foi levantar a discussão sobre como as tecnologias tornam o fazer musical mais acessível, assim como o consumo, tendo na internet essa possibilidade de acesso, criação e descoberta.

 


Os artistas explicaram sobre o início do trabalho, a formação e como determinam as composições com ajuda da tecnologia. O trabalho do Ouen, do músico Rodrigo Monteiro, veio através de uma proposta com nome a partir de uma pronúncia que é tanto francesa, como é japonesa. Rodrigo começou com uma banda de rock e depois seguiu há três anos na carreira solo, aliando suas músicas ao computador, facilitando as apresentações nas casas de shows. O projeto Ouen é fruto de várias experimentações sonoras, que já concebeu três CDs. 

 

 

Já a DJ Elisa é uma das componentes do Blue&Red, que iniciou em 2014, disse que trabalha com uma  proposta de criar uma sonoridade especial unindo elementos percussivos e orgânicos ao House e Techno. A dupla de DJs usam instrumentos de percussão simultaneamente com computador para mexer o público nas pistas de danças. O grupo realiza shows no Beco da Lama na Cidade Alta, no bairro da Ribeira e em outras capitais nordestinas como Recife e Salvador.

 

 

O jornalista Isaque Ribeiro que foi o mediador e entrevistador nas apresentações do MADA Faz Escola, contou que foi o segundo ano que participa do projeto e é uma experiência muito prazerosa porque cada escola é uma história diferente, são percepções diferentes e sempre se surpreende com o nível das perguntas e da imaginação dos alunos. “Eu acho muito grandioso esse projeto porque os estudantes ficam muito inflamados, muito ansiosos pelo que os músicos apresentam e o mais curioso ainda que seja tudo música autoral de Natal. É inusitado e muito gratificante participar desse projeto”, declarou.

 

 

A diretora pedagógica Maria do Socorro Medeiros Santos de Araújo, que recebeu o certificado “Sons (d)escolados”, acrescentou que é um momento que favoreceu os estudantes a terem contato com a música e produção musical de artistas locais. “Os alunos tiveram contato com ritmos diferentes até dos que eles comumente convivem. Foi uma bela oficina e um maravilhoso momento musical. Eles aprenderam bastante, por ser bem didático”, afirmou Maria do Socorro.  

 

 

A professora de Artes, Rosane dos Santos Dantas, que trabalha com as quatro linguagens artísticas como teatro, dança, música e artes visuais, disse que vem fazendo atividades práticas com que os estudantes saibam da importância da arte no seu contexto cotidiano. “Coloco propostas para que eles escutem outros tipos de música, vejam outros tipos de artes, não só aqueles que estão acostumados. Os sétimo anos estudam desde primeiro bimestre a importância da música, gêneros musicais e os tipos de dança e quando tem um evento nesse sentido para escola só nos enriquecem. Porque eles conseguem ter amplitude de conhecimentos de outros tipos de música e conseguem interagir com os artistas,” explicou Rosane. 

 

 

A aluna Rafaela Raíssa Silva Araújo, da turma do 8º ano “D”, destacou que o projeto é bem bacana porque está trazendo música diferente para escola, pois atualmente as músicas que os jovens ouvem não são músicas muito boas. “Os tipos de música que eu gosto são músicas internacionais antigas e também gosto de eletrônica, é bem legal. Porque começo a dançar sem qualquer motivo, é um tipo de música que anima todo mundo para dançar. E esse projeto é bom porque também valoriza os músicos do nosso Estado,” concluiu Rafaela.