A Secretaria Municipal de Educação de Natal reuniu na segunda-feira (23), os professores de Ensino Religioso da Rede Municipal de Ensino. Os docentes participaram de forma online da 2ª Formação Continuada 2022 da disciplina, com o tema “Artes indígena e afro-brasileira em território potiguar”. A formação contou com os professores convidados Nilton Bezerra (IFRN) e Marcos Queiroz (IFRN).

O professor de Artes Visuais, Nilton Xavier Bezerra, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), ministrou a formação sobre artes indígenas, e na ocasião falou sobre o seu livro “Artesanato Potiguara” e suas pesquisas sobre os índios no Estado. Segundo o professor, o objetivo da pesquisa foi investigar quais elementos estão envolvidos nos processos de criação dos artesanatos pelas comunidades indígenas da etnia Potiguara Catu dos Eleotérios e Sagi-Trabanda, situada na microrregião do Litoral Sul Potiguar. Foram destacados ainda informações sobre autores e parte da complexidade dos aspectos imateriais implícitos na prática cultural e contemporânea em transformação, e também a importância da pintura corporal.

A professora doutora Irene de Araújo Van Den Berg, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), que estava mediando a formação, contou que o livro é muito rico e deve ser incorporado pelos professores, como material de pesquisa e de apropriação e adaptação de atividades pedagógicas. “A fala do professor Nilton foi muito feliz o tempo inteiro, em sinalizar questões importantes sobre conhecer o índio contemporâneo, de desmistificar a ideia de índio amazônico isolado. O índio potiguara como bem veio o tempo inteiro apresentado na fala de Nilton, mostra um índio que está integrado a sociedade”, afirmou a professora.

A segunda palestra da formação foi conduzida pelo professor mestre de Artes Visuais, Marcos Queiroz, do Campus Currais Novos do IFRN, que debateu o tema “Notas sobre arte afro-brasileira e os templos religiosos”. “Meu objetivo é destacar inicialmente a problemática que é arte afro-brasileira, e o que é necessário levar em consideração diante do que a categoria propõe. Vamos pôr em relevo o cotidiano produzido nos ambientes dos templos religiosos afro-brasileiros e os elementos locais”, afirmou o professor.