Dando continuidade ao Curso de Formação “Diálogos sobre o Apoio Escolar no Processo Inclusivo”, o Setor de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação de Natal promoveu nesta sexta-feira (19) o 7º Encontro com o tema “Cuidados relativos às necessidades das crianças/estudantes”, reunindo 240 estagiários da Rede Municipal de Ensino. O momento contou com palestra do enfermeiro especialista em terapia intensiva, Charles Augusto da Silva Ataide Júnior, que organizou dinâmicas de simulação de eventuais situações de risco no ambiente escolar, como lidar com elas e técnicas de primeiros-socorros.  

 

O encontro ocorreu no auditório da Uninassau, localizada na Avenida Engenheiro Roberto Freire. Charles Augusto da Silva contou que a formação é importante para que em situações de infarto e risco à vida, aqueles que presenciem esse acontecimento possam lidar com a enfermidade e garantir que uma vida seja salva. “A formação do curso de primeiros-socorros é de fundamental importância uma vez que lidamos no cotidiano com crianças e adultos e pode acontecer algum tipo de fatalidade” explicou.

 

O enfermeiro também citou o caso do menino Lucas Begalli Zamora, que em um passeio escolar no ano de 2017, sofreu de uma asfixia mecânica ocorrida pelo engasgar com um cachorro quente. “Baseado nisso foi criada a Lei Lucas, que obriga escolas a se prepararem para atendimentos de primeiros-socorros. Entender primeiros-socorros é saber que podemos prestar socorro de maneira rápida e eficaz, por isso a importância de fazer esse curso, para de fato, salvar vidas”, finalizou Charles.

 

A chefe do Setor de Educação Especial da SME-Natal, Priscila Ferreira Ramos Dantas, disse que a formação traz o papel de não apenas ensinar primeiros-socorros, mas também de discutir todas as questões que estão relacionadas ao assunto. “Ao longo da formação pensamos em uma carga horária e no conteúdo necessário ao trabalho deles enquanto apoio junto à criança com deficiência e junto ao professor na sala de aula. Era necessário eles estarem aprendendo e refletindo nessa prática. Os estagiários puderam discutir e aprender com os professores ao longo dessa formação para melhor lidar com as mais variadas situações, como alunos com algum tipo de comorbidade”, pontuou Priscila Ferreira.

 

“O conhecimento é para a própria vida pessoal, para socorrer alguém em algum momento, e até quem sabe instruir nossos próprios alunos para que eles possam auxiliar no socorro de um colega e assim salvar uma vida”, disse Geovana de Almeida Fonseca de Souza, estagiária na Escola Municipal Ferreira Itajubá.

 

Quem também contou como pretende traduzir os conhecimentos adquiridos no curso foi a estagiária do Centro Municipal de Educação Infantil Professora Maria Ilka Soares da Silva, Luzia Nascimento da Silva. “Acho essa formação muito importante para que a gente esteja preparado e saiba agir em todas as situações que possam acontecer no ambiente escolar”.