Prefeitura do Natal

Natal

Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, foi fundada em 1599 às margens do Rio Potengi. Com uma área de 170,298 km², e população de 817.590 habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas (IBGE), de 2012, é conhecida por suas belezas naturais, lindas praias, dunas, lagoas e coqueiros.

É também conhecida como Cidade do Sol, porque o sol brilha durante o ano todo e só descansa nos períodos de chuva entre março e julho. Além dessas vantagens, Natal é considerada a cidade que possui o ar mais puro da América do Sul el possui um dos mais belos litorais do Brasil, que se estende por mais de 400 Kms e um povo hospitaleiro que recebe os visitantes de braços abertos.

Ponta Negra é a praia mais é a mais badalada da cidade, boa para banhos, com infra - estrutura de hotéis, restaurantes e vida noturna bem agitada. As praias mais paradisíacas ficam nas cidades vizinhas, entre as praias destacam-se Búzios e Barra de Tabatinga ao sul da capital, e as dunas de Genipabu, ao norte, além da Praia da Pipa que fica a 80 Km. A partir de Natal fica fácil conhecer os mais belos lugares do Rio Grande do Norte.


Fundação da Cidade

Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje correspondem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colinização. Os índios potiguares, ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.

Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.

Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.

Com o domínio holandes, em 1633, a rotina do povoado que começa evoluir foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Castelo de Keulen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos Holandeses, a cidade volta a normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuia uma popualação de mais de 16 mil habitantes.

A partir de 1922, o desenvolvimento de Natal ganhou rítmo acelerado com o aparecimento das primeiras atividades urbanas. Pela sua posição geográfica privilegiada é o ponto das Américas mais próximo da Europa, na IIº. Grande Guerra Mundial, já no século XX, serviu de base militar para os nortes americanos, ganhando ares de metrópole internacional, transformando definitivamente Natal e a cidade teve seu nome conhecido por milhões de cidadãos pelo mundo.

Nos anos pós-guerra a cidade continuaria a se desenvolver e sua população cresceria, mas só alguns anos mais tarde é que esse quadro mudaria definitivamente. Foi no inicio da década dos anos 80 com a construção da Via Costeira este um marco importante. São 10 km de praias com uma excelente rede de hotéis entre as Dunas e o Mar.


Da arte de conhecer a cultura natalense


A definição de cultura é, em última análise, o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade. Seguindo esse conceito, Natal apresenta um rico e diversificado caleidoscópio cultural de cantares, saberes, sensações visuais e táteis ao alcance do espírito humano. 

Cidade-berço do etnógrafo, folclorista, pesquisador e escritor, Luís da Câmara Cascudo, Natal apresenta com orgulho suas manifestações folclórico-culturais traduzidas, por exemplo, na tradição dos Congos de Calçola, da Vila de Ponta Negra; do Boi de Reis, de Manoel Marinheiro, e da Sociedade Araruna de Danças Antigas e Semi-Desaparecidas, fundada pelo saudoso Cornélio Campina. Estes são apenas três arquétipos do patrimônio imaterial da nação natalense.

A cultura popular é tema estudado a fundo pelo mestre Câmara Cascudo, o renovador do folclore brasileiro, e seus discípulos Veríssimo de Melo, Osvaldo Lamartine de Farias e Deífilo Gurgel, que fizeram da vida profissão de fé na defesa e na divulgação do folclore.

Nas artes plásticas, merecem louros e loas os artistas plásticos Newton Navarro - nosso representante da Escola de Paris -, Leopoldo Nelson, Iaponi Araújo e Dorian Gray, continuador da temática de Navarro voltada para a cultura popular e para as tradições enraizadas no imaginário popular.

A alegria contagiante da nossa gente é embalada pelo chorinho de Ademilde Fonseca, pelo forró "arretado" de Elino Julião, pelas marchinhas carnavalescas de Dosinho, pelo samba de Roberta Sá, pelo cantor Leno, ícone da Jovem Guarda, e pela explosão dos mil tons do eclético Isaque Galvão. O romantismo contagiante do cantor Gilliard e das cantoras Núbia Lafaiete e Glorinha Oliveira também dão o tom maior da música potiguar. Todos esses talentos são "abençoados"  por Othoniel Menezes e Eduardo Moreira, autores de "Praieira", espécie de hino informal da cidade.

Ainda é preciso enaltecer a literatura produzida em Natal nos três gêneros literários: prosa, poesia e dramaturgia. Na messe dramatúrgica teatral destaque-se a família Wanderley, que se confunde com o teatro e as letras natalenses. A aptidão para a pena de Ezequiel, Sandoval e José Wanderley sublimam a nossa história artístico-literária. Outros nomes podem ser agregados a essa plêiade, como os dramaturgos Adalberto Rodrigues, Jesiel Figueiredo, Meira Pires e Racine Santos.

Na arte teatral, o grupo Clowns de Shakespeare é referência no Nordeste. Não se pode esquecer também o trabalho consistente do Alegria, Alegria e do Estandarte.

"Rio Grande do Norte,/ capital Natal;/ em cada esquina um poeta,/ em cada rua um jornal.", já dizia a quadrinha do início do Século 20. Não é à toa que Natal se destaca no panorama poético-literário do país ao gerar talentos do lastro de Auta de Sousa, Jorge Fernandes de Oliveira, Zila Mamede e Miriam Coeli. Nos dias de hoje, ganha vulto a poesia de Marize Castro, Iracema Macedo e Carmem Vasconcelos.

Na prosa, louve-se o pioneirismo de Aurélio Pinheiro e Policarpo Feitosa, afora Peregrino Junior, Afonso Bezerra, Newton Navarro, Jayme Hipólito e Eulício Farias de Lacerda. Mais recentemente, o escritor Nei Leandro de Castro ganhou notoriedade nacional ao ter seu romance "As Pelejas de Ojuara", adaptado para a tela pelo cineasta natalense Moacyr de Góes e rebatizado de "O Homem Que Desafiou o Diabo".

Por toda essa riqueza e diversidade cultural e artística, Natal enleva o espírito humano na grande viagem do homem em busca do conhecimento de si mesmo e de seu semelhante.

Pesquisa: Paulo Jorge Dumaresq

https://www.natal.rn.gov.br/cidade-de-natal-rn


Palácio Felipe Camarão

O prédio do Palácio Felipe Camarão foi construído no ano de 1922, pelo construtor Miguel Micussi, sendo inaugurado no mesmo ano no dia 7 de setembro, marcando o Centenário da Independência do Brasil, na administração do governador Antônio José de Melo e Souza (1920-1924) e do intendente municipal Teodósio Paiva. Antes, havia no local um casarão de linhas coloniais onde funcionava a Presidência da Intendência Municipal.

A sede da Prefeitura recebeu o nome de “Palácio Felipe Camarão” através da Lei 359/A, de 1955, em homenagem ao índio Poti, que era o chefe dos Potiguares, tribo que habitava as margens do Rio Potengi.

O índio Poti nasceu na aldeia de Vila Velha, em Igapó, e em 1612 foi catequizado e batizado juntamente com a sua esposa Clara Camarão passando a chamar-se Antônio Felipe Camarão. O primeiro nome, em homenagem ao santo do dia; o segundo, ao rei de Portugal; e o terceiro, representa a tradução da palavra indígena Poti.

Felipe Camarão se destacou nas lutas para expulsão dos invasores holandeses na capitania de Pernambuco. Por conta de sua bravura, o rei de Portugal, em 16 de maio de 1633, concedeu-lhe um brasão de armas e nomeou-o capitão mor de todos os índios do Brasil, passando, a partir daí, usar a palavra Dom, antes do nome, como indicativo de nobreza. Recebeu ainda a comenda dos Moinhos de Soure, do mesmo rei de Portugal. Dom Antônio Felipe Camarão morreu no ano de 1648, em Várzea, nos arrebaldes de Recife, PE.

Pesquisa: Udymar Pessoa


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