Aprendendo Mais: atividades são expostas no I Seminário de Docência de Natal


Aprendendo Mais: atividades são expostas no I Seminário de Docência de Natal
Crédito da imagem: Adrovando Claro

O I Seminário de Docência de Natal apresentou, na noite da segunda-feira (16/12), as atividades envolvendo o programa recém-lançado "Aprendendo Mais", proveniente da Educação de Jovens e Adultos (EJA), além de palestras e apresentações culturais no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure).

 

A programação da noite iniciou no espaço da tenda, com apresentação cultural da dança Toré, dos índios da aldeia Catu, em Canguaretama (RN), e, em seguida, no auditório, ocorreu a palestra “Etnicidade e os povos indígenas no Rio Grande do Norte”, com palestrante José Luiz Soares, conhecido como Luiz Katu, que é professor de Etno História, Cacique Potiguara na aldeia Catu e coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do RN.


A coordenadora da palestra foi a chefe do Setor de Ações e Projetos do Ensino Fundamental, Wanessa Cristina Rodrigues, que destacou a importância da palestra no sentido de ter mais conhecimentos a respeito da cultura indígena do estado. A secretária adjunta de Gestão Pedagógica da SME, Ednice Peixoto dos Santos, abriu o evento alertando os alunos do programa Aprendendo Mais sobre a oportunidade educativa que resgatam seus estudos. “Temos direitos, isso faz diferença, porque pensando a educação não é apenas ler, escrever e contar, a educação, é aquilo que a gente coloca na cabeça e quais são os modos que vão expressar e exercer essa direção durante toda nossa vida”, afirmou.


O palestrante Luiz Katu iniciou sua fala rebatendo as informações que constam na literatura didática, citando que os potiguaras nunca foram extintos ou miscigenados, porque permaneceram reservados para evitar perseguições. “Os livros nas escolas mostram que meu povo estava morto e nosso povo sempre teve essa consciência que isso nunca foi verdade. Estamos reescrevendo a história, mostrando a humildade de que somos capazes de transformar essa realidade, ter um espírito de transformação do nosso povo para quebrar essas mentiras que foram plantadas durante décadas e que nós temos ouvido. Estamos convidando as pessoas para visitar nossa comunidade, ir lá e ver de perto como vivemos na definição de povo originário”, explicou.


Katu também relatou as dificuldades dos governos reconhecerem os diretos indígenas e contou a experiência de como transformou a escola da aldeia Catu em um ensino adequado ao seu povo, modificando o currículo para realidade local. Também comentou sobre o número de aldeias indígenas existentes no Estado, que são 11 comunidades desde Baia Formosa, passando por Canguaretama, Macaíba, João Câmara, Jardim do Seridó, até Apodi. Sete etnias indígenas integram essas aldeias que são Sagi-Trabanda, Catu, Amarelão, Serrote de São Bento, Santa Terezinha, Marajó, Mendonças, Potiguaras do Amarelão, Caboclos de Açú, Tapuias Trarairiús e os Tapuias Paiacús.


O encerramento das atividades ocorreu com a apresentação do coral formado por alunos do programa Aprendendo Mais com a interpretação da música “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga e a visita a sala de exposição dos materiais do programa, feito por alunos e professores da Educação de Jovens e Adultos.

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