Professores discutem processo de aprendizagem de estudantes com deficiência visual


Professores discutem processo de aprendizagem de estudantes com deficiência visual
Foto: SME/Reprodução

Dando continuidade aos cursos de formação promovidos pela Secretaria Municipal de Educação de Natal, o Setor de Educação Especial realizou na quinta-feira (04), o 6º Encontro - Diálogos sobre o apoio escolar no processo inclusivo - com o tema “A criança/o estudante com deficiência visual e suas especificidades no contexto escolar”.


A palestra foi conduzida pela professora doutora do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Luzia Guacira dos Santos Silva, que atualmente desempenha a função de preceptora multiprofissional e pedagoga no Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, do Instituto Santos Dumont, localizado no município de Macaíba.


A assessora pedagógica do Setor de Educação Especial, Mirela Monteiro, destacou para os 138 participantes do encontro online que a professora Luzia Guacira é muito elogiada pelo trabalho que desenvolve. “A professora Luzia trouxe muitos conhecimentos que vai conseguir enriquecer bastante esse tema e espero que vocês também fiquem atentos e possam aproveitar, refletir, suscitar as informações e as reflexões desse processo formador na prática do dia-a-dia”, disse.


As propostas da professora Luzia Guacira Silva deram ênfase à educação inclusiva e aos processos de ensino e aprendizagem de estudantes cegos e com baixa visão. “Não é a deficiência em si que é impeditiva da ação, da participação da pessoa com deficiência nos processos sociais, mas sim, as barreiras que se interpõem entre ela e o que é apresentado”, assinalou.


Entre os assuntos abordados pela professora, a dificuldade em enxergar pode está associada à redução da acuidade, perdendo a nitidez observada, maior sensibilidade aos contrastes, deixando de reconhecer faces e o contorno das letras, de perceber os degraus de escadas ou até mesmo quando um copo já está cheio de água. “Na escola, com o ensino ao aluno com cegueira e baixa visão, o professor precisa associar a oralidade, a percepção tática, percepção olfativa, e gustativa, a percepção visual por meio no campo da áudio descrição, como uma estratégia possível para aproximar o estudante com cegueira  das imagens que estão sendo veiculadas no contexto escolar”, orientou.  


“E você enquanto professor pode trazer uma bola que tenha um guizo dentro para que a criança com cegueira e baixa visão, possa brincar com esse recurso de forma mais independente, tendo essa percepção dessa bola que vem chegando ou da bola rolando pelo chão.  Então é dar sentido, é dar significado àquilo que está sendo trabalhado em sala de aula e a criança tenha realmente o ensino que seja acessado na sua complexidade por ela. E o que não é perceptível ao tato, eu acrescento a informação através da oralidade”, finalizou Guacira.

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