Comunidade do Cidade Satélite discute empreendimento no Pitimbú


Comunidade do Cidade Satélite discute empreendimento no Pitimbú

A comunidade de Cidade Satélite teve oportunidade na noite da última terça-feira (7) de participar de uma audiência pública na qual foi apresentado e debatido o projeto de um empreendimento a ser construído na avenida dos Caiapós, localizado na ZPA-3, nas proximidades do rio Pitimbu.

Foram apresentadas ao público presente todas as intervenções previstas para a área, que será instalada num terreno de 39.450 metros quadrados de área. No local serão implantadas seis torres de 20 pavimentos, num total de 900 apartamentos entre flats e apartamentos.

Os moradores que participaram da reunião elogiaram a iniciativa da Prefeitura, alegando que desde a ocupação do conjunto nunca a população foi consultada sobre novas construções. Quanto à obra, manifestaram preocupações quanto assoreamento e contaminação do rio Pitimbu, os impactos de trânsito que o novo empreendimento pode causar na área, além da aprovação da construção, tendo em vista que se trata de uma Zona de Proteção Ambiental.

O presidente da Comissão de Avaliação do EIA-Rima e técnico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Rodrigo de Freitas disse que os projetos foram analisados numa nova metodologia que visa analisar e discutir todos os temas de forma interligada. O técnico esclareceu ainda que não há riscos de assoreamento e nem de contaminação do rio, porque existe um cordão dunar que impede a erosão.

Além disso, a empresa se comprometeu realizar uma melhoria no sistema viário do entorno para melhorar os acessos para não comprometer o trânsito na região. Foi informado ainda que o local onde será construído o empreendimento é uma que zona permite construções, mas com restrições.

Rodrigo disse ainda que serão construídas Estações de Tratamento de Esgoto, as chamadas ETEs para atender o condomínio, utilizando o reuso das águas para manutenção de jardins e áreas verdes. O chefe do setor de Análise Ambiental, Wellington Alves, disse que houve todo o cuidado na análise do sistema de esgotamento sanitário. Para isso foi solicitado da empresa um estudo da eficiência do tratamento e o reuso dos efluentes. “Isso é impactante porque vão ser produzidos 620 m³ de esgoto/dia”, afirmou.

O secretário da Semurb, Kalazans Bezerra, informou que os estudos do EIA-Rima estão disponíveis na internet ou na biblioteca da Secretaria para qualquer cidadão. Kalazans ressaltou ainda que, se necessário, vai convidar novamente a Caern, STTU e Semov para discutir os pontos questionados pela população. Só após esgotados todos os questionamentos, o projeto será submetido ao Conselho Municipal de Planejamento e Meio Ambiente - Conplam, cujo calendário está no site da Semurb.

Além da presença do secretário e dos técnicos da Semurb, participaram da assembleia vereadores da capital e moradores da área onde o empreendimento deverá ser construído.

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