Os dejetos oriundos dessas ligações clandestinas eram despejados na calçada e corriam a céu aberto por toda a via. Os efluentes acumulavam-se no final destas, criando uma grande poça na Avenida Ayrton Senna. A situação obrigava os pedestres a desviar o trajeto para evitar contato com o esgoto.
Hoje a situação é diferente, é o que alega o aposentado José Dias do Nascimento, que reside no local há mais de vinte anos, e foi alvo da ação. “Minha residência e a dos meus filhos foram construídas muito próximas, não temos quintal e, por isso, a gente não tinha um local certo para construir um sumidouro”, relata o morador.
Segundo ele, havia uma recomendação da Secretaria para que fosse construído um sumidouro para despejo adequado da água servida. Apesar de ter relutado um pouco por ter a tubulação de sua residência tamponada, ele se mostra satisfeito em ter resolvido o problema e considera que a atitude, por parte da secretaria, foi importante.
“Depois disso, nós seguimos as orientações dos fiscais, construímos o sumidouro e está tudo regular”, comemora Dias. Para sua esposa, a aposentada Maria Lopes do Nascimento, a ação melhorou a situação dos moradores.
Ele relata que “Antes nós tínhamos muitos problemas de doença, mosquito, além do mau cheiro, que incomodava bastante. A água servida acumulava no final da rua e, quando chovia, a situação piorava. Hoje não temos mais isso”, comemora.
Maria Lopes conta ainda, que depois da ação de tamponamento, foi estipulado um prazo para a construção e adequação do sumidouro. “O prazo dado foi até o dia 29 de fevereiro, mas no dia 18 já estava tudo feito. O fiscal esteve aqui no dia e nos parabenizou. Nós ficamos muito satisfeitos”, finaliza.
O despejo de água servida em via pública e as ligações clandestinas de esgoto na rede de drenagem são crimes ambientais e contribuem para poluir o meio ambiente e provocar danos a saúde da população e o comprometimento da infraestrutura pública e das calçadas.