O Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) reuniram a imprensa na manhã desta sexta-feira (26) para esclarecer os motivos e providências tomadas para solucionar a falta de seringa e agulhas utilizadas na vacinação de crianças entre seis meses e menores de dois anos da campanha contra o vírus Influenza H1N1. Para evitar prejuízos na imunização das crianças, a SMS e Sesap determinaram que a vacinação desse grupo continuará na próxima etapa, que será de 05 a 23 de abril, direcionado para adultos com idade entre 20 e 29 anos.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Cristiana Souto, a quantidade de insumos encaminhada pelo Ministério da Saúde (MS) é insuficiente para atender as 18.561 crianças na faixa etária determinada pelo grupo prioritário a que pertencem. “É de responsabilidade do Ministério o envio de seringas e agulhas. O tipo de material utilizado nas crianças pequenas é diferente da aplicada em adultos. Para sanar o problema, a SMS irá adquirir 60 mil kits, que serão usados na campanha contra a Gripe A e nas vacinações de rotina. Além disso, recebemos cinco mil kits do Ministério da Saúde e outros dez mil devem chegar em breve”.

A dose aplicada em crianças é dividida em duas partes, a segunda devendo ser ministrada 30 dias após a primeira. Sendo assim, o número de seringas e agulhas deve ser o dobro do número de crianças. Outro ponto destacado durante a coletiva foi a insatisfação dos profissionais de saúde em relação à orientação do Ministério da Saúde, que sugere a utilização da agulha de adulto em crianças com mais um ano de idade. “Nem os pais, nem os profissionais que trabalham na resposta ao H1N1 estão de acordo com essa determinação do Ministério. Os tamanhos são diferentes – para o adulto a agulha mede 25/6,5mm e para criança 20/5,5 mm”, disse Cristiana Souto.