Profissionais de Mossoró visitam Maternidade Leide Morais em Natal


Profissionais de Mossoró visitam Maternidade Leide Morais em Natal

A comissão multi-institucional, formada para elaborar o projeto físico-funcional do Hospital Materno-Infantil de Mossoró visitou na última terça-feira (26) a Maternidade Municipal Professor Leide Morais, em Natal. A intenção foi conhecer tanto a estrutura física como operacional da unidade, que é considerada referência no Estado.

O grupo foi recebido pelo diretor médico Yuri Adrenovitch e administrativo Ari Vonaldo. Antes de apresentar as instalações, os coordenadores fizeram uma explanação sobre o funcionamento da maternidade, bem como os desafios e gerenciamento do serviço. Também foi apresentado um vídeo com depoimento de pacientes e um balanço dos primeiros 150 dias de funcionamento da maternidade.

"Trabalhamos com respeito, carinho e bom atendimento. Temos desafios, mas a nossa maior recompensa é a satisfação das pessoas atendidas aqui. O modelo funciona de verdade, mas há limitações. Se adotá-lo vocês, por exemplo, não poderão fazer muitas pactuações", advertiu o Yuri.

Inaugurada há pouco mais de dois anos pela Prefeitura do Natal, a maternidade tem sua estrutura física construída em formato de mandala e trabalha com a política de humanização do parto, priorizando o nascimento normal/natural. Lá, 80% dos partos são normais e as mães são estimuladas com bolas e equipamentos específicos para ajudar nesse tipo de parto. A maternidade também respeita a Lei do Acompanhante.

"Todas as pacientes tem direito a um acompanhante seja marido, mãe, melhor, amiga, enfim, a presença de quem ela se sente à vontade. Além disso, fornecemos três alimentaç&otil de;es para o acompanhante, o que faz dobrar os gastos com refeições", comentou Yuri.

Além do tratamento diferenciado e profissionalizado, outro grande diferencial da maternidade, é que ela é equipada com as chamadas Suítes PPPs (preparto, parto e pós-parto), ou seja, cada gestante fica instalada em um quarto individual com TV, frigobar, cama especial que se transforma em leito e cama de parto (avaliada em R$ 20 mil, cada) além de berço aquecido, poltrona para acompanhante e banheiro com água quente. A permanência mínima é de 48h. Nas portas, há indicações com nome da mãe e do bebê, assim os profissionais não precisam recorrer aos prontuários para identificar os pacientes.

Dos 22 leitos da maternidade, 17 são PPPs e os outros, enfermaria. Além disso, as crianças nascidas só recebem alta depois de vacinadas e feitos testes do pezinho e orelhinha. A maternidade também possui centro cirúrgico, um grande laboratório, além de mamógrafos, ultrasons, entre outros. Em todo prédio, há indicações em brailler, acessibilidade, além de um sistema de energia solar.

O serviço funciona 24h e conta 300 funcionários que trabalham em sistema de plantão. Para bancar a estrutura desse porte com serviços gratuitos são gastos em média R$ 1,4 milhão por mês.

Além do alto custo, outra limitação do serviço é a ausência de UTIs neonatais. A maternidade não atende gestantes de alto-risco e também não tem autonomia financeira, o que limita a administração do serviço como um todo.

Depois de andar pelo prédio e conhecer o serviço, o pediatra Dix-Sept Rosado, representante da UERN na comissão, externou sua satisfação com a maternidade. "A gente fica maravilhado com o que vê, principalmente porque a maternidade trabalha com o tempo de permanência mínima de 48h, o que é muito bom para mãe e bebê. Agora precisamos refletir sobre a nossa realidade em Mossoró", ponderou o médico.

O Secretário da Cidadania Francisco Carlos Carvalho, presidente da comissão também mostrou-se satisfeito com a visita. "Foi muito satisfatória a visita à maternidade que tem um serviço muito estruturado, com certeza vai nos fornecer elementos para uma boa discussão", falou.

A Sub-secretária de Saúde do RN, Dorinha Burlamaqui, comentou que a política de humanização deve ser estendida a outros serviços do Estado. "Mossoró e outros municípios da nossa região precisam melhorar a assistência, principalmente a materna e esse modelo da humanização deve ser incorporado. Vamos levá-lo para o Tarcísio Maia e outros hospitais", destacou.

COMISSÃO
A Comissão Multi-Institucional para elaboração do projeto físico-funcional do Hospital Materno-Infantil de Mossoró foi instituída pela prefeita Fafá Rosado pela portaria Nº 150/2011 e publicada no Jornal Oficial de Mossoró (JOM) do dia 25 de março de 2011. Além de profissionais da saúde e servidores municipais, a comissão é composta por profissionais da UERN, nas áreas de assessoria jurídica, planejamento, economia e ciências biomédicas.

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