Com vista na realidade tecnológica atual e baseada na perspectiva de transformar a realidade social dos participantes, a Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) inicia esta semana mais um curso de Inclusão Digital, realizado pelo projeto Casa dos Ofícios Norte. As aulas começaram no dia 13 de outubro e devem durar cerca de um mês e três semanas, para cumprir a carga horária de 100 horas/aula, ministradas em duas turmas de 13 alunos cada. De segunda a sexta-feira, das, 8h às 11h e das 14h às 17h os alunos têm contato com um mundo antes distante da realidade deles, o universo digital.
De acordo com a professora, Sheila de Oliveira da Silva, o curso é baseado no Sistema Linux, que é o software livre utilizado em todo o país, além de Introdução a Informática, Planilhas, Editor de Texto, Apresentador de Slides e Internet. “O interesse dos alunos é perceptível a qualquer pessoa que os veja em sala de aula e pode ser comprovado pela assiduidade, pontualidade e disciplina em sala”, afirmou.
Na opinião do Coordenador da Casa de Ofícios Norte, Lula Capistrano, este curso que antes era de 60h e agora é de 100 horas, serve como ponta pé inicial para o mercado de trabalho. Ainda segundo Lula, todo o interesse dos alunos é facilmente justificável, este é o único espaço informatizado da região e diariamente outros moradores vão até a Casa para saber quando vão começar novas turmas, mas no momento está dependendo da reforma da unidade, que deve acontecer em breve e já tem o sinal positivo da gestora da Semtas, Rosy de Souza.
“A comunidade está sempre buscando a qualificação profissional especialmente depois do aumento na carga horária. Sessenta horas era pouco, mas agora com o aumento e com aulas diárias a comunidade está realmente satisfeita”, comentou. Outro fator que serve de estimulo aos estudantes é a capacitação dos professores que trabalham o software livre Linux sem deixar de lado as informações do Sistema Operacional Windows, presente na maioria das empresas.
O coordenador ainda informou que antes o projeto era do Banco do Brasil, que realizou os investimentos iniciais, mas foi a partir da transferência dos encargos para a Prefeitura que a comunidade pôde aproveitar efetivamente os cursos ofertados. Ele alega que o curso é muito concorrido porque a comunidade precisa e já não está dando conta de atender a demanda. Além disso, o pessoal da Casa também está comprometido seguindo a missão implantada pela nova gestão municipal. “Numa casa de cidadania é necessário se respeitar o cidadão, por isso, não trabalhamos apenas o lado técnico, servimos tentando ampliar a visão de mundo dos participantes, através da inclusão social sim, mas sem deixar de lado as questões de meio ambiente e cidadania”, finalizou.