A Escola Municipal Professor Francisco de Assis Varela Cavalcanti, promoveu no último sábado (07), um encontro de valorização da cultura indígena em solo potiguar com o tema “Redescobrindo as nossas raízes históricas: um encontro de pertencimento com a cultura indígena”. A escola que está localizada na Zona Oeste recebeu na oportunidade a visita do cacique Luiz Katu e da índia Îaguara, representantes da Tribo Catu dos Eleotérios, localizada entre os municípios potiguares de Canguaretama e Goianinha.

 

Na programação os estudantes apresentaram toda produção desenvolvida ao longo do semestre, além de poemas autorais sobre a temática, apresentações de dança e encenação teatral.

 

“Foi uma oportunidade maravilhosa para a nossa comunidade escolar. Um momento para ouvir, conhecer, aprender e compreender a luta e resistência dos nossos irmãos indígenas em busca de reconhecimento das suas tradições, cultura e identidade. Percebemos que foi um momento de troca não só de conhecimento, como também de energia”, destacou a gestora pedagógica, professora Janaína Tavares.

 

Para o cacique Luiz Katu, que também é professor o contato com os alunos da Escola M Prof. Francisco de Assis V. Cavalcanti foi um momento de grande emoção. “Os alunos estavam bem eufóricos. Eu me arrepiei quando cheguei ali, inclusive tanto eu quanto Îaguara sentimos a mesma energia positiva”

 

A professora de Ensino da Artes, Vera Lúcia dos Anjos falou do momento de enriquecimento sobre a identidade indígena. “Eu sou descendente de tapuias e me orgulho de pertencer a um povo tão guerreiro e resistente, como são nossos indígenas. Muito importante também   o comprometimento de nossas gestoras em proporcionar momentos como esse”.

 

Para a aluna Camily Victória Martins Lima, que está concluindo o Ensino Fundamental, o projeto foi muito interessante para encerrar a trajetória dela na escola. “O projeto foi de grande importância, pois é através dessas ações pedagógicas que surgem possibilidades de passar novas perspectivas do modo de vida de outros povos e também de incentivar o combate ao preconceito e a discriminação”.

 

A professora de Ensino Religioso, Maria de Fátima Araújo relatou que a visita de Luiz Katu reforçou o que foi trabalhado em sala de aula sobre a religiosidade indígena. Percebemos na sua fala a presença das práticas “Anemista” e “Xamanistas”, quando ressalta a ligação com a mãe terra e a invocação dos espíritos após beber e fumar a planta jurema.