A Secretaria Municipal de Educação de Natal (SME) promoveu na noite da terça-feira (21), a formação pedagógica para 44 participantes, entre coordenadores pedagógicos e professores da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O encontro destacou as apresentações de experiências didáticas das aulas dos Níveis I e II das escolas municipais Professora Emília Ramos, Professora Maria Alexandrina Sampaio e Professora Dalva de Oliveira. A formação virtual da EJA acontece até a próxima sexta-feira (24).

A chefe do Setor de Educação de Jovens e Adultos da SME, Heloísa de Melo Cruz Alves, fez a abertura do encontro online exibindo um vídeo sobre o trabalho do educador na alfabetização de adultos e a importância do papel do professor nas aulas da EJA. “O professor representa uma relação afetiva muito próxima com os alunos e quantas vezes eles nos veem como pessoas para dividir a vida e para aconselhar”, frisou Heloísa.  

A professora Denise Barbosa Bezerra, da Escola Municipal Professora Emília Ramos, localizada no bairro de Cidade Nova, foi a primeira a apresentar a experiência da escola com o relato de experiência da aula remota com a proposição “O bairro espaço geográfico, histórico e social de convívio”. Denise apresentou a contextualização dos desafios do ensino remoto e o relato de experiência exitosa desenvolvido na escola, além do compartilhamento da vivência na escola com a temática. Os conteúdos trabalhados foram língua portuguesa, matemática e estudo da sociedade na natureza com temáticas envolvendo educação ambiental, ética e cidadania, ser humano e saúde.

“O trabalho didático foi desenvolvido de maneira interdisciplinar, transpassando todos os conteúdos e temáticas, seja na prática de leitura, escrita e expressão oral, na matemática sempre com a questão dos números e operações, em situações e problemas do dia a dia, espaço de forma, grandezas e medidas, estudo da sociedade na natureza trabalhando em cima do bairro, com a questão do espaço geográfico desde a localização desse aluno na sua rua, no seu bairro e cidade, até a situação global”, explicou Denise Barbosa.

Já a professora Maria Adeilza Pinheiro, coordenadora pedagógica da E. M. Professora Maria Alexandrina, situada no Pajuçara, relatou a socialização das atividades pedagógicas da EJA, utilizando a temática da “Leitura de mundo que passa pela alfabetização e letramento”. A coordenadora explicou que ocorreu estratégias metodológicas, propostas de sequências didáticas variadas, organizando e executando as atividades com os assuntos escolhidos a partir da sondagem realizada com os alunos em aulas remotas ou presenciais, respeitando o interesse e a organização curricular.  

“Nosso objetivo é exatamente por meio da leitura, transpor os conhecimentos prévios dos alunos na EJA para aqueles conhecimentos pertinentes a essa modalidade e a formação do cidadão autônomo e reflexivo, ou seja, o currículo, ele não pode caminhar alterado da realidade”, definiu Maria Adeilza. A professora Adriana Assunção da mesma escola desenvolveu o esquema explicativo do trabalho realizado, destacando que a leitura e a escrita foram destaques no planejamento das aulas. “Realizamos uma pesquisa e 90% das respostas com relação a pergunta, o que querem estudar, foi a leitura. Quero aprender a ler, quero saber escrever e desta forma a leitura é o coração do nosso projeto”, destacou.

A professora da Escola M. Dalva de Oliveira, localizada no bairro Nossa Senhora da Apresentação, Verônica Paiva encerrou o encontro e fez um relato das atividades didáticas do período antes da pandemia e na continuação dos mesmos assuntos aplicados nas aulas não presenciais. “Fui adaptando as atividades das apostilas, fazia a gravação de tela do computador e colocava nas atividades do PowerPoint, no Google Forms. Fui tentando somar meu trabalho nos grupos dos alunos com o da equipe da escola, aprendi criar cruzadinha para os alunos fazerem on-line, colocava ainda para imprimir as atividades, caça palavras, aprendi assim na prática e foi difícil, mas tive que me reinventar”, afirmou a professora Verônica.