As festividades do Natal em Natal movimentaram a economia criativa com as vendas de diversos produtos que ressaltam a cultura e as origens do povo potiguar. A Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas) ampliou o número de espaços de exposição do artesanato. Além da loja conceito Natal Original, os artesãos ganharam um novo ponto em Ponta Negra, dando oportunidades para mais expositores, passando de 120 para 170 artesãos e associações da economia solidária, e movimentou cerca de R$ 700 mil com as vendas dos produtos, impulsionando a economia. 

Os expositores foram credenciados pela Semtas e selecionados por meio de edital, realizado em outubro. A secretária destaca a função econômica, social e de preservação cultural das peças produzidas. “A economia solidária tem um papel fundamental no fortalecimento de atividades econômicas sustentáveis, com base no trabalho colaborativo. Nosso objetivo é contribuir significativamente para o desenvolvimento econômico. Trabalhamos no sentido de prover mais oportunidades, gerar trabalho, renda e emprego para os artesãos locais. O Prefeito Álvaro Dias está sempre valorizando e criando estratégias para avançarmos com atividades para esse segmento. As pessoas vêm para as feiras e compram uma lembrancinha e acabam aquecendo a economia do município”, enfatizou a secretária da Semtas, Ana Valda Galvão.

O artesão Jean Frank, após 30 anos trabalhando com crochê e fios em geral, se reinventou e passou a produzir sandálias, bolsas e outros acessórios em couro ecológico. “A mudança no segmento foi aprovada com sucesso e prosseguirei neste nicho em couro e agregando fios e crochê nas minhas peças. Fiquei muito satisfeito com minhas vendas, por ser um produto novo para mim e por ter gerado muita satisfação aos que visitaram meu espaço na loja. Também percebi que o potencial de vendas mudou completamente para melhor e o retorno financeiro se fez presente. Superei as vendas dentro e fora da loja através do pós venda e pré venda. Graças ao apoio especial da Semtas”, afirmou.

A possibilidade de acesso a diferentes histórias da cultura local levou Hellen Dantas, a visitar os dois espaços com os expositores. “É bom reunir todo mundo e ver a diversidade da nossa cultura, conhecer as raízes do nosso povo, todo ano frequento a feira de Mirassol e esse ano aproveitei para ir na grande novidade que foi o polo de Ponta Negra. Me surpreendi com a qualidade dos produtos deste ano. Cada artesanato revela muito do seu artista, da nossa história e podemos aprender com isso. Além de ter feito várias comprinhas”, comentou. 

Com uma trajetória de 20 anos no artesanato, Sílvio Araújo, que ficou no polo de Ponta Negra, comercializou peças feitas em fuxico. “Gostei muito dessa oportunidade, tive boas vendas com o meu trabalho artesanal. Vendo diversos produtos, mas o meu forte são as bolsas de todos os tamanhos e modelos. Foi muito bom o apoio da Semtas e toda ajuda com logística com os nossos produtos. Agradeço pela oportunidade de expor meu trabalho e mostrar um pouco da arte e cultura do nosso estado o qual tento manter e preservar”, finalizou agradecido. 

Nas feiras de artesanato foi possível encontrar opções para presentes, produtos feitos em crochê, bordado, pirogravura e ferro. Com variedade de bolsas, tapetes, bonecas de pano, roupas, bijuterias, bebidas e acessórios para a casa.