As professoras Maria da Conceição Silva, Magda Cristina Cavalcante e Cosma Pereira, trabalham nas escolas municipais Bernardo Nascimento (Felipe Camarão), Maria Cristina (Felipe Camarão) e Francisca Pereira (Bom Pastor), respectivamente. Elas participam do Curso de Capacitação dos Professores para Correção do Fluxo Escolar na Alfabetização, organizado pela Secretaria Municipal de Educação (SME), em parceria com o Ministério da Educação e o Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (GEEMPA)

 

Durante dois dias (24 e 25 de agosto), elas estão participando da segunda fase do curso que acontece no Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (CEMURE). As professoras contam que o programa é uma nova tecnologia educacional voltada à correção do fluxo escolar na alfabetização, ou seja, ensinar a ler e escrever e produzir textos, para alunos, nos contraturnos das aulas regulares e por um período de quatro meses.

 

O trabalho vem surtindo efeito, e segundo relata a professora Conceição Silva, “é impressionante como realmente os alunos aprendem, e durante esse processo, a indisciplina diminui”, destacando que é perceptível os avanços na formação de cada aluno participante. Entre as ferramentas pedagógicas utilizadas estão os livros “Todos Juntos Somos Fortes” e “Dinomir, o Gigante”. O evento reúne 73 professores de 30 escolas da rede municipal de ensino de Natal e de mais 23 municípios potiguares, além da participação de docentes de três municípios da Paraíba.

 

O depoimento da professora Cosma Pereira reforça a eficácia do projeto desenvolvido pela professora doutora em educação e ex-deputada federal, Esther Pillar Grossi, baseado no pós-construtivismo. “Eu só passei a acreditar no projeto depois que percebi a mudança dos alunos participantes. Vale muito. Eles aprendem de verdade. O professor aprende também cada dia”, destaca. Nessa segunda fase do projeto, a professora Esther Pillar Grossi participou do primeiro dia.

 

A professora Magda Cristina, explica que uma das fases inicial para que os alunos participem do projeto é a “aula-entrevista”. Nessa fase, o professor disponibiliza tempo suficiente para conversar com o aluno e avaliar todas as dificuldades e o aprendizado de cada um. “Com o passar das aulas, eles vão se sentindo mais seguros e a aprendizagem vai se modificando”, pontua.

 

De acordo com Edna Garcia, que integra o GEEMPA, o trabalho apresenta resultados satisfatórios num período que vai de três a cinco meses. “Estamos fazendo um acompanhamento com os professores. Além dessa segunda fase, vamos realizar mais duas etapas”, destacando que o acompanhamento oferece ao professor oportunidade para retirar dúvidas e apresentar resultados.

 
Correção de Fluxo
 

“O programa é uma tecnologia educacional de correção de fluxo escolar na alfabetização, ou seja, ensinar a ler e escrever alunos a partir do 2º ano do Ensino Fundamental (8 a 14 anos), nos contraturnos das aulas regulares e no período de quatro meses”, explica Esther Grossi. Tem como objetivo reintegrar os alunos nos níveis de aprendizagem que lhes correspondem no sistema escolar, corrigindo as possíveis distorções idade/ano existentes nas Escolas da Rede Municipal de Educação.