O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Natal (Procon Natal) realizou, entre os dias 09 e 23 de maio de 2025, pesquisa de preços de medicamentos em farmácias e drogarias das quatro regiões da cidade. Foram visitados 45 estabelecimentos, incluindo grandes redes e pequenos comércios do segmento. A pesquisa contemplou farmácias localizadas tanto nas proximidades de hospitais quanto em bairros mais afastados do centro da cidade.
Entretanto, apenas 33 farmácias apresentaram uma quantidade satisfatória de medicamentos para análise — ou seja, acima de 50% de uma lista composta por 29 medicamentos (sendo 8 genéricos e 21 de referência), distribuídos entre as seguintes categorias: Analgésicos, Antialérgicos, Antibióticos, Anticonvulsivantes, Antidepressivos, Antidiabéticos, Anti-hipertensivos, Anti-inflamatórios, Antiparasitários e Contraceptivos hormonais.
Na análise, foram considerados os preços sem desconto oferecidos pelas farmácias. No entanto, é importante destacar que, na compra direta, o consumidor pode obter descontos no momento do pagamento, que variam de acordo com a rede e o programa de fidelidade da farmácia.
O setor de pesquisa do Procon Natal foi responsável pela análise dos dados coletados. O objetivo do estudo é orientar os consumidores sobre onde encontrar os medicamentos com os melhores preços na capital.
Vale lembrar que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) anunciou um reajuste médio de 3,83% nos preços dos medicamentos, autorizado pelo Governo Federal em 31 de março de 2025. Entretanto, a pesquisa constatou um aumento médio de 4,58% em relação ao ano anterior, ou seja, 0,75% acima do reajuste oficial.
Por outro lado, três medicamentos apresentaram redução de preço em comparação ao ano passado: Allegra 60 mg – preço médio: R$ 43,93 (redução de R$ 3,36); Diupress 25 mg – preço médio: R$ 30,64 (redução de R$ 1,44) e Diclofenaco Sódico 100 mg – preço médio: R$ 16,18 (redução de R$ 4,08).
Contudo, o consumidor deve estar atento uma vez que foi verificado diferença nos preços dos medicamentos pesquisados quanto ao laboratório. O Diclofenaco de Sódico – 100 mg, anti-inflamatório com 10 comprimido, fabricado no laboratório (EMS), apresentou diferença de 243%, com o maior preço de R$ 49,90 e o menor R$ 14,54. Já o preço deste mesmo medicamento com o laboratório (PRATI), a diferença encontrada foi de 322%, sendo o maior preço de R$ 43,34 e o menor R$ 10,24
Portanto, o consumidor deve levar em consideração o laboratório de fabricação do medicamento, esse dado interfere diretamente no preço do produto na hora da compra. Este caso chegou a uma diferença de R$ 35,38, no primeiro laboratório e R$ 33,09 no segundo. Este comportamento foi encontrado em diversos medicamentos.
O Procon Natal reforça que o objetivo da pesquisa é informar a população sobre onde encontrar medicamentos com preços mais acessíveis. Além disso, orienta os consumidores sobre a diferença entre os medicamentos:
Medicamento de referência possui marca registrada, qualidade, eficácia terapêutica e segurança comprovadas por testes científicos e registrados pela Anvisa. Medicamento similar é produzido após o vencimento da patente do medicamento de referência, possui nome de marca, qualidade, eficácia e segurança comprovadas, e também é registrado pela Anvisa.
As planilhas completas com dados de preços, médias, variações e endereços dos estabelecimentos pesquisados estão disponíveis no site: www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa. É permitida a reprodução dos dados da pesquisa, desde que seja citada a fonte: Núcleo de Pesquisa Procon Natal. Ressalta-se que é vedada a utilização dos dados, integral ou parcialmente, para fins de publicidade comercial de qualquer natureza.
Para orientação no direito do consumidor e casos de problemas na relação de consumo, o consumidor deve formalizar denúncia na sede do Procon Natal, localizada na Rua Ulisses Caldas, 181 – Cidade Alta – Natal/RN, apresentando nota fiscal. A equipe do Procon Natal está à disposição para proteger os direitos dos consumidores.
O Procon Natal também disponibiliza os seguintes canais de atendimento para denúncias e orientações: E-mail, procon.natal@natal.rn.gov.br.