Com o auditório lotado, representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) apresentaram a profissionais e estudantes da área de saúde a nova parceria com a UFRN para desenvolver um trabalho de campo que vai ajudar a identificar casos suspeitos de tuberculose em vários bairros da capital.
O encontro também discutiu estratégias e propostas de reorganização do controle de tuberculose na cidade. A idéia é fazer algumas modificações na estrutura da rede de atenção, no que diz respeito ao diagnóstico clínico e laboratorial da tuberculose em Natal, além do acompanhamento no Hospital Giselda Trigueiro de pacientes que desenvolveram resistência ao tratamento da tuberculose.
“Eu gostei muito da idéia do fórum, porque foi uma forma de atualização para a gente, principalmente em relação à tuberculose que não é tão discutida. Aqui podemos ver a situação de cada unidade de saúde e como pudemos melhorar o atendimento ao paciente”, desataca a enfermeira Ana Maria de Castro.
Entre as estratégias explanadas, também foi apresentado aos participantes do evento um projeto que será realizado pela secretaria de saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para o controle de tuberculose no município. A iniciativa prevê trabalhos de campo e atividades laboratoriais, para a busca e diagnóstico de casos suspeitos da doença junto à comunidade, tendo como foco o Distrito Sul de Natal.
“O projeto é um modo de fomentar apoios e iniciativas e possibilitará uma maior detecção de casos e um melhor diagnóstico da doença, um diagnóstico mais cedo, o que evita o alongamento da tuberculose e a transmissão para mais pessoas”, ressalta a coordenadora técnica do Programa de Controle da Tuberculose da SMS, Joseneide Pessoa.
Segundo o professor adjunto do Centro de Biociências da UFRN, Renato Motta Neto, o projeto desenvolvido em parceria com a universidade realizará uma rede de identificação das microbactérias causadoras da doença no próprio laboratório de microbactérias da instituição, fazendo uma determinação da espécie responsável pela infecção no paciente. “A identificação da espécie de microbactéria possibilitará ao médico uma maior eficácia terapêutica com cada paciente”, explica.