A Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Civil (Semdes) monitorou, durante todo este domingo, 15, as quatro regiões de Natal, avaliando os transtornos causados pelas chuvas na cidade e tomando as providências necessárias para minimizar os estragos. Os técnicos da Defesa Civil checaram todas as bombas das lagoas de captação da cidade, além de pontos de alagamento e áreas de risco. Não houve nenhuma ocorrência grave.
 
 “Estamos monitorando toda cidade, não tivemos notificações sobre deslizamentos de nenhuma encosta e/ou barranco. Todas as lagoas estão funcionando normalmente e suportando o grande volume pluviométrico”, destacou Carlos Paiva, secretário da Semdes.
 
Durante todo o dia, foram identificados pontos tradicionais de alagamento, como no Loteamento Algimar, no bairro Pajuçara, Capim Macio e na Avenida da Integração, Os técnicos da prefeitura verificaram ainda o desabamento do teto de um posto na Avenida Moema Tinôco da Cunha Lima, na Zona Norte, onde ninguém ficou ferido.
A defesa civil monitorou também as ligações para o número de emergência  199. Nenhuma ocorrência causada pelas chuvas foi evidenciada.
 
Ações Preventivas
 
A Semdes faz ações preventivas e de conscientização da população com palestras em escolas, distribuição de panfletos educativos, monitoramento de áreas de risco e das lagoas de captação. Além disso, a Prefeitura do Natal instrui a população a, caso presencie alguma situação de emergência, ligar para o 199, solicitando que a Defesa Civil faça os procedimentos necessários.
 
Para as próximas 24 horas, a Semdes manter-se-á em alerta devido à previsão de céu nublado, com chuvas, para esta segunda-feira, 16, feita pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). Assim como o ocorrido neste domingo, todas as zonas da cidade serão percorridas, identificando possíveis áreas de risco.
 
Semdes tranqüiliza população natalense sobre terremoto no Oceano Atlântico
 O terremoto de magnitude 6.0 na escala Richter, registrado às 10h08 (horário de Brasília) deste domingo,15, a 1277 Km da costa de Natal  não chegou a ser sentido pela população natalense, nem provocar um tsunami, como chegou a ser especulado.
 
De acordo com o secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Social, Carlos Paiva, mesmo o terremoto não tendo causado nenhum dano à cidade, colocou toda Defesa Civil Municipal de prontidão, junto ao Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil nacional.
 
“Imediatamente entramos em estado de prontidão com nossas equipes e plano de contingência de sobreaviso, caso houvesse a necessidade de alguma intervenção por conta de possíveis danos provocados por um terremoto. No entanto, informamos à população que não há motivos para pânico, pois o abalo não provocou nenhum problema à cidade”, destacou o secretário Carlos Paiva.
 
De acordo com o titular da Semdes, o terremoto foi registrado primeiramente pelo Departamento do Interior dos Estados Unidos, que monitora abalos sísmicos em todo o mundo e também pelo Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que é coordenado pelo sismólogo Joaquim Medeiros Ferreira.
 
Epicentro
O epicentro do terremoto foi registrado há 9,9 km de profundidade, no meio do oceano Atlântico, na cordilheira meso-oceânica, provocado por um movimento transcontinental das placas tectônicas.
 
Informações publicadas neste no blog http://sismosne.blogspot.com do Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN), descartaram a possibilidade de ter ocorrido um tsunami em Natal e pelo http://www.usgs.gov/ epartamento de Monitoramento do Governo Americano.
“Isso não ocorreu, nem poderia ter ocorrido dada a magnitude do sismo e o tipo de movimento (transcorrente, movimento horizontal). Para se gerar um tsunami  é necessário que o movimento seja vertical, quando a água do mar pode ser empurrada ou descida, abruptamente”, disse o sismólogo Joaquim Ferreira.
O coordenador do LabSis/UFRN ainda tranqüilizou a população natalense, dizendo que terremotos no oceano Atlântico são comuns, não sendo necessário que as pessoas fiquem preocupadas com o ocorrido.