O diretor interino da Companhia de Serviços Urbanos de Natal, Sérgio Pinheiro, e o Procurador Geral do Município, Bruno Macedo, concederam essa tarde uma entrevista coletiva na qual foram colocadas questões referentes às ações da Urbana e o pedido de intervenção da Companhia requerido pelo Ministério Público Estadual.
Na ocasião, Sérgio Pinheiro apresentou o planejamento das ações da Urbana, cujo objetivo é atender às determinações do Ministério Público, esclarecendo que a Companhia sempre esteve aberta às negociações, comparecendo inclusive a todas as audiências com os documentos exigidos.
“A Urbana está providenciando novos contratos, cancelando subcontratos e tomando todas as providências necessárias para resolver os problemas relacionados à limpeza pública e otimizar os serviços. Mas é necessário ressaltar que algumas mudanças exigem um mínimo de tempo para serem planejadas e executadas”, afirmou Sérgio.
Durante a coletiva, foram colocados ainda os investimentos previstos para a coletiva seletiva da capital, uma vez que Natal foi uma das cinco capitais escolhidas para servir de modelo para a política nacional dos resíduos sólidos; divulgada a instalação de eco-pontos, a suspensão da coleta domiciliar para aqueles que não pagarem a taxa de limpeza pública (TLP), o cadastro dos carroceiros - que está em fase de finalização - e vários outros pontos levantados pela Promotoria do Meio Ambiente.
Outra questão levantada durante a entrevista foi o recebimento do lixo de Parnamirim na estação de transbordo de Cidade Nova, citado como um dos entraves para resolver o acúmulo do lixo no local.
“A justiça estipulou multa à Urbana e seus gestores para remover os resíduos do transbordo e ao mesmo tempo obriga a Companhia a manter o convênio com Parnamirim, recebendo cerca de 160 toneladas de resíduos por dia ou 4.200 toneladas mês, quantidade equivalente aos resíduos atualmente estocados”, ressaltou Sérgio Pinheiro.
Com relação à ação impetrada pelo Ministério Público, que requer a intervenção da Companhia, o Procurador Geral do Município, Bruno Macedo, ressaltou que o município é contrário a essa medida.
“Não é preciso intervenção para ter acesso aos documentos. Se a intervenção não visa substituir os diretores, ela é desnecessária, até porque sempre estivemos abertos às negociações”, afirmou Bruno.
O procurador finalizou falando da necessidade de parceria do Ministério Público com o Município.
“O município sempre sinalizou que tem vontade concreta de resolver os problemas, vários apelos foram feitos para evitar a judicialização das questões, mas até agora não foi dado tempo sequer para adotarmos as medidas. É preciso uma trégua do Ministério Público para que possamos planejar os novos contratos”, concluiu Bruno Macedo.